segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cordel Abençoado, sobre a vida do Pastor Apolo

CORDEL ABENÇOADO
Rosivaldo do Rêgo Barros ( Genrro do Pastor Apolo, esposo de Clívia)
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” 2 Crônicas 7:14.

O relato de um pastor, que driblou a morte duas vezes (caso verídico)

O pastor Apolo Cordeiro Sobral
Que é de Jucati, natural
Filho de dona Olívia e seu Josselindo
Nasceu num povoado pacato
Num sítio onde criava bode e pato
Sendo Apolo, dos filhos o mais lindo.

Neves , tão belo vilarejo
Que é o nome do lugarejo
Entre Jupi e Garanhuns
Criou-se o garoto treloso
Sendo o caçula manhoso
Causava ciúmes em alguns.


Seu pai e dona Maria das Montanhas
Sabendo do garoto as manhas
Procurou de cedo ensinar
As verdades das Santas Escrituras
E nessas proposituras
Fez o menino andar.

Como era um pregador pioneiro
Seu pai cuidou bem ligeiro
Em fazê-lo sucessor
Prometeu ao Senhor dedicar
A vida de Apolo entregar
Para ser um dia pastor.

Menino medonho e arisco
Mais rápido que um corisco
Mais brabo que lampião
Criou-se na roça sem medo
Levantava ainda bem cedo
Pra cuidar da plantação.

Deus lhe reservou melhor dote
Em fazer dele sacerdote
Pra cuidar do santo rebanho
Elegeu do seu arraial
Apolo Cordeiro Sobral
Não permitindo um estranho.

Apolo não resistiu
Um dia, do Neves partiu
Indo pro Recife morar
Com esposa e filhos, bem fracos...
Dona Amélia, Clívia e Marcos
Foram ali se instalar.

Era muito difícil o labor
Mas Deus era com o pastor
Que de tudo a ele supriu...
Foi logo trabalhar na CHESF
E lá chegou a ser chefe
Pois a empresa seu cargo subiu.

Passou de ajudante a inspetor
Mas sem perder o vigor
Pois à noite tinha o seminário
E de dia o trabalho era duro
Assim, tornou-se maduro
Pra ser um pastor missionário.

Com o tempo a família cresceu
E logo o pastor percebeu
Que precisava avançar...
A Deus um voto propôs
Crescendo Marcos, depois
Também iria pregar.

E nessas suas andanças
Apolo, esposa e crianças
Tiveram na caminhada:
A companhia de anjos
E entre muitos arcanjos
Deus enviou Alaíde, cunhada.

Marcos Apolo cresceu
E o que seu pai prometeu
Procurou logo pagar...
Formando-se ele pastor
Na matemática doutor
Viria a pregar e ensinar.

Passados os anos de luta
No ministério a labuta
Além da vida familiar
O pastor Apolo adoeceu...
E quase ele morreu
De doença cardiovascular.

No ano de dois mil e cinco
O pastor trabalhava afinco
Mas sem a saúde manter...
De súbito teve um chilique
Antes que o mal se intensifique
Foi logo uma cirurgia fazer.

Mas nesse primeiro teste
Pra sair do hospital, já preste
Outra prova veio passar...
Já andava pelo corredor
Quando lhe disse o doutor:
“Tens uma infecção hospitalar”.

O pastor logo pasmou
Então a Deus orou
A Ele pedindo assim:
“Senhor eu quero viver
Aqui não me deixes morrer
“Tenha misericórdia de mim”.

Mas na medicina é normal
Enquanto o paciente tá mal
O médico só faz sorrir
Com calma e tranqüilidade
Disse com simplicidade:
Leva pra UTI !

Era tão grande a infecção
Que a barriga então
Mas parecia um tambor
Produzia um som timpânico
Que todos ficaram em pânico
Num cenário de lágrima e dor.

Cirurgias de risco fatal
Duas cardíacas, uma intestinal
Vários dias em UTI moribundo
Mesmo diabético e hipertenso
Confiou no poder imenso
No maior poder do mundo.

Na UTI, já vendo a morte
Teve ainda grande sorte
Deus lhe socorreu assim...
Ninguém via, nem ouvia
Mas o subconsciente dizia
Que a igreja orava sem fim.


E nesse clima de alento
Disse-me uma voz: “teu lamento
Eu ouvi, e te livrarei...
Tua vida me é valiosa
Pra cuidar da igreja gloriosa
Que um dia Eu te entreguei”.

“Levanta Apolo, agora...
Sai desse leito sem demora
A tua luta acabou:
Meu servo já foi provado
E por mim está aprovado
Contigo eu sempre estou”.

Enquanto um médico descrente
Dizia pra família do doente:
Vocês que têm fé, vão rezar...
Naquele hospital, então
No tapete da lamentação
Deus continua a curar .

Passado o primeiro susto
Saiu do hospital bem robusto
Voltando logo a pregar
O seu ministério aumentou
Por onde o pastor passou
Seu testemunho quis dar.

De volta à rotina de vida
Pregando, viajando e na lida
Sentindo das lutas o peso
O pastor ainda escondia
A doença que insistia
Mas essa tratou com desprezo.

Desse jeito a doença agravou
E assim o pastor retornou
Pra fazer novos exames
De novo no vale da morte
Mas Deus lhe deu nova sorte
Livrando-o dos males infames.

Em toda essa peleja
Só pensava na igreja
Na escola dominical
E quando chegava a noite
Pra ele era um açoite
Chegava até passar mal.

Falava consigo sozinho:
Daqui a mais um pouquinho
Os hinos começam a tocar...
Parece até que estou vendo
Os irmãos todos correndo
Pra no culto não se atrasar.

Vejo o Coral cantando
Enquanto as crianças falando
E o regente a olhar...
Ao terminar o louvor
O presbítero com rigor
Corre pra reclamar:
Aqui é lugar de reverência
Se estão sem paciência
Em casa devem ficar,
Caso o pastor aqui tivesse
Não tinha quem quisesse
Com o respeito faltar.


Fura aqui e ali
Entra e sai da UTI
Onde a morte se anuncia num apito...
Pra injetar no corpo a medicação
De tantas tentativas em vão
Parecia uma tábua de pirulito.

Na última vigília, então
Numa noite de aflição
Teve a maior prova ali...
Disse-lhe a enfermeira chefe
Caso a ferida não feche
Você volta pra UTI !

Ouvindo a triste notícia
Disse: nem mesmo a polícia
Me faz voltar pro inferno
Orou a Deus assim:
“Pai lembra-te de mim
Me socorre, Pai eterno” !

Com tanta fé ele orou
Que a noite todinha suou
E a cama tornou-se um oceano
Ao romper portanto, a aurora
Disse: vamos embora
Deus já cumpriu o seu plano.

A tal enfermeira surpresa
Usando de gentileza
Pra ser um pouco educada
Falou assim pro pastor:
O senhor é um vencedor
Estou emocionada !

E assim dessa última vez
Sua fé outra vez se refez
Pois a morte duas vezes driblou
Deu-lhe o Senhor melhor sorte
Duas vezes no vale da morte
A vitória o pastor conquistou.

Saindo do hospital melhorzinho
Tratado com muito carinho
Pela filha enfermeira e a esposa
Ele por simples teimosia
Se pudesse até mataria
Pelo rabo, uma raposa.

Aquieta-te pastor...
Tu sabes o que é dor
Noite e dia fazendo exame
Esqueceu das meninas de branco
Tirando sangue num solavanco
Pareciam abelhas no enxame ?



Mas das famílias primeiro
Começando com os Cordeiro
Os Freitas , Vilela e Sobral
Formou-se um povo importante
Tem gente aqui e distante
Em Imperatriz e Jucati, São Paulo e Natal.

Tem Rêgo Barros, Santos e Nascimento
Bezerra, Silva e Sacramento
Esse último só pra rimar
São todas famílias recentes
A terceira geração de descendentes
Que com os Cordeiro vieram a casar.

Mas a história é longa
E agora sem mais delonga
Uma homenagem devo expor
Às irmãs Cleide e Simone
Que exaltam o Santo nome
De Jesus, através do louvor.

Temos ainda outros nomes
Francisco, Leandro e Orquidones
Na escala de pregação
Ezequias, Levi, Irão e Eliomar
Que quando não podem pregar
Ajudam na comunhão.

Pra completar a homenagem
Só pra lembrar de passagem
E a homenagem ser justa
A todas irmãs da igreja
Deus a elas proteja
Entre as tais, Maria Augusta.

São todas santas mulheres
E ainda se não deres
A elas o devido amor...
No cuidado do lar e da igreja
Me diga, qualquer quem seja
Que pode tirar seu valor ?

Não podemos esquecer de Raminho
Que trabalha com muito carinho
Na igreja, é presbítero ungido
Em sua família completa
Tem peão, pregador e atleta
É um homem bem sucedido.

Dos oficiais, eis os nomes:
Leandro, Antônio João e Orquidones
Euclides, Raminho, João Tobias e Gerson,
Francisco, Simeão e Eliomar
Pra os presbíteros completar...
E no diaconato então
Levi, Ezequias, Irão e Silas
Flávio, Natanael, Euclides Cavalcante e Sebastião.
E pra saúde do pastor não ficar pior
Ele conta com esse Estado-Maior
Desses homens, não abre mão.
O poeta, não obstante
Nesse solene instante
Quer assim considerar:
Poesia é inspiração
São palavras tiradas do coração
Que uso pra me expressar.

A poesia me acalma
Ela invade minh’alma
Faz-me esquecer o dilema
Com as letras produzo sentimento
Com as atitudes, ás vezes, sofrimento
Prefiro assim, realizar-me num tema.

O tema é um mote
Tudo que se denote
Pela idéia posta em harmonia
É dar vida à letra pura
Formando uma estrutura
Com letra e rima em sintonia.

Com apenas caneta e papel
Somente olhando pro céu
Eu tenho motivo de sobra:
Vendo o arco-íris, o Sol a nascer
As nuvens, a chuva e o entardecer
Até mesmo o vento que sopra.

Mas a poesia tem preço
E muitos não têm apreço
Por tão bela vocação...
Foi Deus quem a poesia criou
Também o poeta dotou
De muita inspiração.

A poesia aqui na terra
Pode até evitar uma guerra
Com as armas do amor:
Atiradas pelo coração
Numa explosão de emoção
Que conquista o ditador.
Por fim deixo meu tributo
Oferto a poesia como produto
E minha vida, um áureo verso
Ao Deus poeta excelente
Que compôs tão diferente:
Criou tão bela obra, o universo.

Obrigado Senhor, pela realização dessa obra !

Um comentário:

  1. Muito bem estruturada esta obra sobre o pastor apolo que o nosso Deus possa continuar abençoando o meu querido pai pastor apolo.Deus lhe cubra de bençãos!!!!amem....

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